O FETO
VAI SER OUVIDO
17 Por isso, o Pai me ama, porque Eu dou a minha
vida para a reassumir.
Evangelho
de JESUS CRISTO, segundo São João, cap. 10:17.
A
Ressurreição de JESUS CRISTO
Obra
de Matthias Grünewald (1470-1528).
Pintor
alemão.
O Feto
dá o seu grito
E os
seguidores de JESUS CRISTO
Aguçam
o ouvido
Para
ouvirem o gemido
Do seu
grande sofrimento,
Neste
exato momento
Onde a
Vida tem que ter valor,
Seja de
qualquer classe social ou cor.
“Porque há o direito ao grito.
Então eu grito.”
Clarice Lispector (1920-1977).
Então,
Muita
campanha
Contra
o aborto acompanha
Gente
de bom senso
Que não
põe unguento
Sobre a
cabeça do crime.
“Porque é uma infâmia nascer para morrer não
se sabe quando nem onde.”
Clarice Lispector (1920-1977).
Esta
cabeça
Chamada
aborto silencioso
Tem
vários chifres,
Pois
diversos poderes
Estão
dispostos
A
destruírem os corpos
Feitos
pelo Arquiteto Sidéreo,
Cujo
Império
É
Universal e Eterno.
“Escuta: eu te deixo ser, deixa-me ser então.”
Clarice Lispector (1920-1977).
Os
Fetos não estão sós,
Pois
todos nós
Estamos
unidos
Com
abertos ouvidos
Para
poderem repreender
Quem
quer fazer padecer
Os
Espíritos Reencarnantes
Nestes
gloriosos instantes
De suas
Vidas.
“Ela acreditava em anjo e, porque acreditava,
eles existiam.”
Clarice Lispector (1920-1977).
Não ao
aborto,
Este
ato torto
Feito
porque quem não quer
Que a
Vida fique de pé.
“Todos nós sabemos o que é uma ação desonesta, mas o que é a honestidade, isso, ninguém sabe.”
Anton Tchekhov (1860-1904).
Queriam
fazer isso com o Menino Deus,
Mas a
Virgem Santa e São José
Munidos
de Celeste Fé
Protegeram
o ‘Divino Feto’,
Para
ser completo
O Seu
Nascimento Celeste.
“Festejou-se
o aniversário de um homem muito modesto. E apenas no final do banquete é que se
percebeu que alguém não tinha sido convidado: o festejado.”
Anton Tchekhov (1860-1904).
Médico, dramaturgo e
escritor russo.
Mas em
todo Natal,
Muita
gente olvida afinal
O
grande aniversariante
E saúda
um papel Noel
Que se
desmancha como um papel
Que cai
no mar da engodo.
“...passava o resto do dia representando com
obediência o papel de ser.”
Clarice Lispector (1920-1977).
Escritora brasileira.
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